600 foi o número de seleccionados que preencheram um enorme pavilhão em Liverpool para ouvir o derradeiro discurso de admissão ao País.
Foi montado um grande palco, como de um concerto se tratasse, para todos ouvirem e conseguirem ver o representante que tinha a cargo estas "boas-vindas".
Todos sentados no chão ouviram os passos atrás do palco que o sistema de som conseguiu captar, todos se sentiram em alerta e quando viram o representante surgir, todos se levantaram para o ver.
"Está aqui muita gente... Não esperava ver tanta alma junta para fazer um país"
Pensando ser algum tipo de elogio todos gritaram hurra! e mandaram assobios fazendo daquele momento uma festa.
"Vejo que estão contentes por irem para este País. Mas não estarão tão contentes quanto eu! Já perceberam que têm na mão, não a possibilidade de dar um pequeno empurrão para salvar o Mundo, mas terão sem dúvida o Mundo na mão e só terão de o ajudar! Evoluir! Façam o que quiserem para passarmos por cima do final do Mundo! Façam o possível para a nossa raça não ser destruída! Façam tudo! Pela humanidade! Usem as vossas belas mentes e daqui uns tempos eu virei aqui gritar: «VIVA O PAÍS DOS INTELIGENTES»"
Mais hurras se ouviram por aquele pavilhão, olhares brilhantes de pessoas que sempre quiseram ajudar a sua espécie, olhares de desprezo aos outros de pessoas que só querem ser melhores que os outros e o olhar do nº1 japonês que se divertia a tentar entender os outros olhares.
"600 são vocês e teremos de vos dividir. Agora vêm aí as regras do País:
1ª regra - Nenhum de vocês poderá nunca abandonar o País, o País será grande e em toda a volta terá um muro, para que os terroristas não tenham ideias de vos parar o trabalho.
2ª regra - serão divididos em 12 grupos, cada um de 50 pessoas para preencherem cada cidade. O método de selecção dos grupos será o seguinte:
O melhor dos melhores no teste que fizeram irá ser líder da Cidade1, o segundo melhor será o líder da Cidade2 e assim por diante até à Cidade12, depois o décimo terceiro com melhores resultados será o sub-líder da Cidade1 e o décimo quarto será sub-líder da Cidade2 assim por diante até formarem os 12 grupos. Visto que estou entre Inteligentes todos me devem ter percebido.
3ª regra - cada cidade trabalha para si, mas semanalmente todos os líderes ou sub-líderes se reunirão para trocar informações que achem interessantes.
4ª regra - não conseguirão contactar as vossas famílias nem quem quer que seja que estiver fora do país, pois não podemos permitir fugas de informação, se querem falar com pessoas terão 49 na vossa cidade com quem falar.
5ª regra - ninguém é obrigado a ir para o País mas aceitando... não podem voltar atrás, e só o poderão abandonar quando conseguirem travar todos estes males da Humanidade.
6ª regra - existirá perto da Cidade13 uma prisão para quem faça coisas que não sejam aceites pelos líderes. Antes de alguém para ali ir, os 12 líderes terão de ter concordado com a ida. Caso existam grandes confusões para prender alguém tudo será comunicado à G20 e nós escolheremos se é preso ou não.
7ª e última regra - nesta cidade ninguém têm nomes, todos criarão um nickname e só serão chamados por esse nickname, não queremos confusões de identidades.
Bem... as regras parecem chatas, mas quando vocês começarem a fazer as vossas descobertas vão sentir-se úteis a todo a Humanidade.
Amanhã todos os que quiseres irão para o País, despeçam-se das vossas famílias e digam que vão salvar o Mundo!"
Mais hurras dominaram aquele pavilhão o País já estava prestes a ter os habitantes e o represente americano por detrás do palco já chorava de alegria.
[Na Parte IV - não percam a entrada desta gente no país! E a desistência de alguns talvez]
domingo, 6 de setembro de 2009
sábado, 5 de setembro de 2009
Um País para Inteligentes (Parte II)
7 semanas e meia passaram desde a reunião e já tudo estava em ordem.
Ficou definido que o País iriam ser feito com 12 cidades, tendo uma décima terceira que servirá somente para os «donos» de cada cidade se encontrarem.
Cada cidade era para ter o nome de cada um dos discípulos de Jesus, mas como iriam naquele país coexistir culturas muito diferentes essa ideia não foi para a frente.
O teste foi feito em todo o Mundo e os seleccionados aos poucos e poucos começaram a ser contactados pelas entidades superiores do seu país.
Coube ao representante Japonês fazer o discurso ao grupo de pessoas que irão chegar a este país. Terem dado este discurso a tal representante não foi mais que uma forma de o irritar ainda mais, visto que foi dos que menos gostou desta ideia.
Sentado na sua sala cheia de jarros de porcelana e belos quadros retratando algumas façanhas nipónicas. Este representante, obrigado a fazer o que a maioria lhe exigia, ia pensando no seu discurso.
"Americanos, americanos, americanos... já não lhes chega o mundo que dominam com as hipocrisias que metem na TV ainda querem criar mais um país... e todos acham que é a coisa mais bela... Criar um país para pessoas mais dotadas... Onde já se viu tal parvoíce?"
Preso nos seus pensamentos, não ouviu a porta que foi aberta repentinamente.
"Desculpe. Mas tinha batido o senhor não ouviu."
"Não faz mal. Diga, diga."
"Chegou o nº1 japonês, aquele que teve o melhor resultado do país."
"Ah sim, mande entrar"
Desviando-se, este assessor deixou passar o rapaz que estava por trás dele.
"Faça o favor de se sentar."
"Obrigado.."
"Bem, já lhe foi explicado tudo aquilo sobre o maldito teste e sobre o País para Inteligentes. E eu acho importante que saiba uma coisa."
"Diga."
"Sou absolutamente contra essa Hipocrisia! Fazer um País para mentes brilhantes! Acho no mínimo absurdo!"
"Se o Sr. acha que não mereço ir, com muito gosto eu declinarei a proposta."
"Não. Estamos aqui mesmo... porque eu quero que você aceite. E também que seja o melhor lá dentro."
"Não compreendo... Então... Mas quer que faça alguma coisa lá dentro?"
"Existem algumas coisas que eu quero que faça."
Uma conversa estranha, a mostrar ideias estranhas por trás dos olhos daquele representante no mínimo estranho.
Terminaram a sua conversa e uma vénia serviu de despedida à longa conversa que todos aqueles jarros presenciaram.
Faltam 5 dias para o discurso a todos os seleccionados e agora já um sorriso brilha entre os lábios deste Homem. Que será que ele planeou?
[Leiam as próximas partes]
Ficou definido que o País iriam ser feito com 12 cidades, tendo uma décima terceira que servirá somente para os «donos» de cada cidade se encontrarem.
Cada cidade era para ter o nome de cada um dos discípulos de Jesus, mas como iriam naquele país coexistir culturas muito diferentes essa ideia não foi para a frente.
O teste foi feito em todo o Mundo e os seleccionados aos poucos e poucos começaram a ser contactados pelas entidades superiores do seu país.
Coube ao representante Japonês fazer o discurso ao grupo de pessoas que irão chegar a este país. Terem dado este discurso a tal representante não foi mais que uma forma de o irritar ainda mais, visto que foi dos que menos gostou desta ideia.
Sentado na sua sala cheia de jarros de porcelana e belos quadros retratando algumas façanhas nipónicas. Este representante, obrigado a fazer o que a maioria lhe exigia, ia pensando no seu discurso.
"Americanos, americanos, americanos... já não lhes chega o mundo que dominam com as hipocrisias que metem na TV ainda querem criar mais um país... e todos acham que é a coisa mais bela... Criar um país para pessoas mais dotadas... Onde já se viu tal parvoíce?"
Preso nos seus pensamentos, não ouviu a porta que foi aberta repentinamente.
"Desculpe. Mas tinha batido o senhor não ouviu."
"Não faz mal. Diga, diga."
"Chegou o nº1 japonês, aquele que teve o melhor resultado do país."
"Ah sim, mande entrar"
Desviando-se, este assessor deixou passar o rapaz que estava por trás dele.
"Faça o favor de se sentar."
"Obrigado.."
"Bem, já lhe foi explicado tudo aquilo sobre o maldito teste e sobre o País para Inteligentes. E eu acho importante que saiba uma coisa."
"Diga."
"Sou absolutamente contra essa Hipocrisia! Fazer um País para mentes brilhantes! Acho no mínimo absurdo!"
"Se o Sr. acha que não mereço ir, com muito gosto eu declinarei a proposta."
"Não. Estamos aqui mesmo... porque eu quero que você aceite. E também que seja o melhor lá dentro."
"Não compreendo... Então... Mas quer que faça alguma coisa lá dentro?"
"Existem algumas coisas que eu quero que faça."
Uma conversa estranha, a mostrar ideias estranhas por trás dos olhos daquele representante no mínimo estranho.
Terminaram a sua conversa e uma vénia serviu de despedida à longa conversa que todos aqueles jarros presenciaram.
Faltam 5 dias para o discurso a todos os seleccionados e agora já um sorriso brilha entre os lábios deste Homem. Que será que ele planeou?
[Leiam as próximas partes]
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Um País para Inteligentes (Parte I)
Ano 2012 - para alguns o último ano, para os outros mais um ano, para estes O derradeiro ano.
Como é habitual, com o Mundo a tornar-se cada vez um local mais primitivo, com todas as pessoas a perceberem que o Fim está para breve, mais uma reunião entre os países mais ricos do Mundo se convoca.
Reuniram-se os 20 países mais ricos, num chamado G20, e a discussão começou:
-Tem a palavra o representante dos EUA-
"Bem... não sei bem como começar... todos sabemos que vivemos em tempos difíceis, a Ciência muito avançou nestes últimos anos! Mas é do conhecimento dos aqui presentes que não está a conseguir contrabalançar este Fim do Mundo que se aproxima a uma maior velocidade...
-Tem a palavra o representante da Coreia do Sul-
"Se não fosse a merda que vocês - EUA - fizeram nestes últimos anos, se calhar não estávamos assim!"
Alemanha:
"Calma! Não estamos aqui para discutir por discutir, precisamos de soluções não dos seus comentários estapafúrdios!!"
-EUA-
"Obrigado... Bem, eu tenho uma ideia que talvez nos ajude. É bastante simples até, sei que muitos não irão gostar, afirmando provavelmente ser muito à direita. Mas aqui vai: Eu, como representante duma das maiores potenciais mundiais, proponho criar algo a que irei chamar País para Inteligentes..."
Ao ouvir tais palavras, o representante do Japão não se conseguiu conter:
"Como é possível?! Quer separar as mentes brilhantes dos que supostamente considera normais? Como irão os «normais» melhorar as suas capacidades se não tiverem inteligentes por perto? Vamos criar duas sociedades? Você está doido?"
"Agradecia que se contenha, e oiça! É verdade que tencionaria separar os mais dotados dos menos dotados, mas não faço isto como discriminação. Simplesmente precisamos dum grupo de escolhidos de vários países que se unam para fazer a ciência avançar ao máximo e conseguirmos adiar o final da civilização moderna!"
"Que acto mais Nazi..."
"Isto não é Nazismo! Dê-me então outra ideia!"
"Eu não sei que ideia dar, mas não concordo com tal forma de pensar! Vamos arranjar um país para meia dúzia de cromos que vão estudar muito salvar o planeta e depois? Que irão eles fazer? E se não salvarem o planeta? Que iremos nós fazer? E como iremos seleccionar os ditos «inteligentes»?"
"Muito gosta você de fazer perguntas, mas já tinha pensado nelas e aqui vão as respostas:
Iremos criar um teste, um simples teste de escolha múltipla, 5 opções para cada pergunta, cada pergunta com um grau de dificuldade superior. Tentaremos que todo o mundo o faça do mais velho ao mais novo, conforme a idade faremos uma fórmula que nos diga os potenciais de cada mente, aí quando tivermos os nomes das pessoas iremos contacta-las e pedir-lhes para se juntar a este projecto."
-Tem a palavra o representante da Arábia Saudita-
"Obrigado por me ceder a palavra, visto que sou o único homem com paciência aqui no meio... gostava era de saber uma coisa, onde tencionam fazer este «país»?"
"No deserto do Sahara."
"Cabrões dos Americanos odeiam os outros países, mas com tanto espaço escolhem sempre um fora do país deles como se mandassem em tudo e todos!"
"Qual é o problema de nos cederem um bocado dum deserto? Será numa parte pertencente ao Egipto, já falei com eles e não há problema algum. Quanto às perguntas do representante do Japão, sobre o que farão eles ou não farão, eu não posso prever obviamente, mas se eles salvarem o Mundo espero que você tenha umas palavras de agradecimento ao meu belo país"
Num leve murmúrio alguém dentro daquela sala disse: "Preferia beijar bosta de vaca"
"Então vamos proceder a uma votação: quem é a favor?"
17/20 - 3 países não aceitaram esta ideia mas poucos foram para a poderem parar, contentes ou tristes o dito país tinham de ajudar a preparar.
Como é habitual, com o Mundo a tornar-se cada vez um local mais primitivo, com todas as pessoas a perceberem que o Fim está para breve, mais uma reunião entre os países mais ricos do Mundo se convoca.
Reuniram-se os 20 países mais ricos, num chamado G20, e a discussão começou:
-Tem a palavra o representante dos EUA-
"Bem... não sei bem como começar... todos sabemos que vivemos em tempos difíceis, a Ciência muito avançou nestes últimos anos! Mas é do conhecimento dos aqui presentes que não está a conseguir contrabalançar este Fim do Mundo que se aproxima a uma maior velocidade...
-Tem a palavra o representante da Coreia do Sul-
"Se não fosse a merda que vocês - EUA - fizeram nestes últimos anos, se calhar não estávamos assim!"
Alemanha:
"Calma! Não estamos aqui para discutir por discutir, precisamos de soluções não dos seus comentários estapafúrdios!!"
-EUA-
"Obrigado... Bem, eu tenho uma ideia que talvez nos ajude. É bastante simples até, sei que muitos não irão gostar, afirmando provavelmente ser muito à direita. Mas aqui vai: Eu, como representante duma das maiores potenciais mundiais, proponho criar algo a que irei chamar País para Inteligentes..."
Ao ouvir tais palavras, o representante do Japão não se conseguiu conter:
"Como é possível?! Quer separar as mentes brilhantes dos que supostamente considera normais? Como irão os «normais» melhorar as suas capacidades se não tiverem inteligentes por perto? Vamos criar duas sociedades? Você está doido?"
"Agradecia que se contenha, e oiça! É verdade que tencionaria separar os mais dotados dos menos dotados, mas não faço isto como discriminação. Simplesmente precisamos dum grupo de escolhidos de vários países que se unam para fazer a ciência avançar ao máximo e conseguirmos adiar o final da civilização moderna!"
"Que acto mais Nazi..."
"Isto não é Nazismo! Dê-me então outra ideia!"
"Eu não sei que ideia dar, mas não concordo com tal forma de pensar! Vamos arranjar um país para meia dúzia de cromos que vão estudar muito salvar o planeta e depois? Que irão eles fazer? E se não salvarem o planeta? Que iremos nós fazer? E como iremos seleccionar os ditos «inteligentes»?"
"Muito gosta você de fazer perguntas, mas já tinha pensado nelas e aqui vão as respostas:
Iremos criar um teste, um simples teste de escolha múltipla, 5 opções para cada pergunta, cada pergunta com um grau de dificuldade superior. Tentaremos que todo o mundo o faça do mais velho ao mais novo, conforme a idade faremos uma fórmula que nos diga os potenciais de cada mente, aí quando tivermos os nomes das pessoas iremos contacta-las e pedir-lhes para se juntar a este projecto."
-Tem a palavra o representante da Arábia Saudita-
"Obrigado por me ceder a palavra, visto que sou o único homem com paciência aqui no meio... gostava era de saber uma coisa, onde tencionam fazer este «país»?"
"No deserto do Sahara."
"Cabrões dos Americanos odeiam os outros países, mas com tanto espaço escolhem sempre um fora do país deles como se mandassem em tudo e todos!"
"Qual é o problema de nos cederem um bocado dum deserto? Será numa parte pertencente ao Egipto, já falei com eles e não há problema algum. Quanto às perguntas do representante do Japão, sobre o que farão eles ou não farão, eu não posso prever obviamente, mas se eles salvarem o Mundo espero que você tenha umas palavras de agradecimento ao meu belo país"
Num leve murmúrio alguém dentro daquela sala disse: "Preferia beijar bosta de vaca"
"Então vamos proceder a uma votação: quem é a favor?"
17/20 - 3 países não aceitaram esta ideia mas poucos foram para a poderem parar, contentes ou tristes o dito país tinham de ajudar a preparar.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Sujo, medonho, escondido
Vontade em extinção e forças perdidas
Um chão desarrumado com as memórias puras do coração
Folhas vagueiam neste chão nojento
Com restos dos seres que por aí habitaram
Que se alimentaram em tempos das palavras
expressões e sentimentos de tais memórias
Seres obrigados a uma abstinência tal
Que a realidade não entendeu
fiquei eu sozinho
a dissecar a verdade como um aparelho respiratório dum suíno
a procurar o nexo das coisas
e esquecendo as minhas coisas
mal alimentado
mal lavado
com menos vontade de entender
continuo
agachado como um Tarzan à procura de entendimento por parte dos macacos
um primata que não se acha superior no percurso extenso da evolução
continuo
não sei em que sentido
procurando a janela com o vidro partido
para partir o resto e escapar
quero a chave de todas as portas
quero as luzes da humanidade abertas
quero perceber-me enquanto homem
e não enquanto indivíduo
não quero ser uma cara na multidão
uma cara que é um número
para ser um número
mais vale não existir
mais valia não ter evoluido
e somente aproveitar as minhas necessidades básicas
satisfazer-me no sexo puro, procurar por uma alimentação que me saciasse
e por água para consumir
mas não
eu não sou isso
eu sou alguém muito superior
com um corpo igual a tantos outros
com as capacidades ditas normais
mas com finalidades tais
que tenho potencial para mudar-me a mim próprio e ao percurso da Humanidade
mas enquanto for visto como mais um
vou mudar-me a mim sozinho
vou mexer nos meus mecanismos
fazer as ligações quimicas, eléctricas e magnéticas
manipular o meu corpo e modificá-lo
como um boneco de plástico
sendo mais ágil, mais rápido e mais resistente
a minha mente também eu manipularei
alterando-a no sentido de ver o que está além do visivél
e aceitar que as unicas coisas que têm de ser feitas
são as que eu quero
viver menos dependente
viver na minha sujidade pessoal chega
Lá
eu me limparei quando o achar necessário
me organizarei somente quando não encontrar as minhas próprias leis
me lavarei apenas quando achar que a água pode ser suja
até lá
vivo assim
imundo
como um porco
mas puro por dentro
porque nesta sociedade de sorrisos fotográficos
de atitudes imitadas
de estereótipos concebidos por ancestrais
eu não quero fazer parte
quero um mundo diferente
se Pessoa quer o 5º império
eu quero o sexto
o sétimo e o oitavo se for preciso
é preciso mudar!
não é preciso telhados novos e novas janelas
é preciso destruir as casas
pegar fogo ás madeiras
destruir os tijolos
e criar tudo de novo
numa sociedade em que a razão será dominadora
pois a razão já domina sem ninguém se aperceber
numa sociedade em que todos seremos iguais
sem diferenças
todos com direitos iguais
todos a fazerem o que querem dentro das mesmas regalias
porque eu ter direito a mais ou a menos que os outros?
Se cremos num Deus Pai
não deveriamos ser irmãos
e receber todos a mesma herança?
Se Deus não diz quem são os favoritos, quem somos nós para os escolher?
Mas o Deus deste império actual
é feito de papel rectangular
Papel de diferentes cores
quase como diferentes anjos
em que diferentes cores dão diferentes poderes
Porquê este estilo de vida?
Em que nada evoluímos?
Porquê não algo mais interior
E mais verdadeiro?
Porquê a devoção? e não a fama partilhada?
Porque a fé por algo superior e não a fé em nós próprios?
Porque a estupidez plástica dos modernos tempos? E não a pureza que eu tanto anseio.
Não sei responder.
Mas se todos quiserem
Tal como manipulamos a verdade transformando-a na mentira
Tal como manipulamos o mundo para o caos actual
Também podiamos manipular a resposta pura
destas infindáveis questões
HH - Feio, mas puro
Vontade em extinção e forças perdidas
Um chão desarrumado com as memórias puras do coração
Folhas vagueiam neste chão nojento
Com restos dos seres que por aí habitaram
Que se alimentaram em tempos das palavras
expressões e sentimentos de tais memórias
Seres obrigados a uma abstinência tal
Que a realidade não entendeu
fiquei eu sozinho
a dissecar a verdade como um aparelho respiratório dum suíno
a procurar o nexo das coisas
e esquecendo as minhas coisas
mal alimentado
mal lavado
com menos vontade de entender
continuo
agachado como um Tarzan à procura de entendimento por parte dos macacos
um primata que não se acha superior no percurso extenso da evolução
continuo
não sei em que sentido
procurando a janela com o vidro partido
para partir o resto e escapar
quero a chave de todas as portas
quero as luzes da humanidade abertas
quero perceber-me enquanto homem
e não enquanto indivíduo
não quero ser uma cara na multidão
uma cara que é um número
para ser um número
mais vale não existir
mais valia não ter evoluido
e somente aproveitar as minhas necessidades básicas
satisfazer-me no sexo puro, procurar por uma alimentação que me saciasse
e por água para consumir
mas não
eu não sou isso
eu sou alguém muito superior
com um corpo igual a tantos outros
com as capacidades ditas normais
mas com finalidades tais
que tenho potencial para mudar-me a mim próprio e ao percurso da Humanidade
mas enquanto for visto como mais um
vou mudar-me a mim sozinho
vou mexer nos meus mecanismos
fazer as ligações quimicas, eléctricas e magnéticas
manipular o meu corpo e modificá-lo
como um boneco de plástico
sendo mais ágil, mais rápido e mais resistente
a minha mente também eu manipularei
alterando-a no sentido de ver o que está além do visivél
e aceitar que as unicas coisas que têm de ser feitas
são as que eu quero
viver menos dependente
viver na minha sujidade pessoal chega
Lá
eu me limparei quando o achar necessário
me organizarei somente quando não encontrar as minhas próprias leis
me lavarei apenas quando achar que a água pode ser suja
até lá
vivo assim
imundo
como um porco
mas puro por dentro
porque nesta sociedade de sorrisos fotográficos
de atitudes imitadas
de estereótipos concebidos por ancestrais
eu não quero fazer parte
quero um mundo diferente
se Pessoa quer o 5º império
eu quero o sexto
o sétimo e o oitavo se for preciso
é preciso mudar!
não é preciso telhados novos e novas janelas
é preciso destruir as casas
pegar fogo ás madeiras
destruir os tijolos
e criar tudo de novo
numa sociedade em que a razão será dominadora
pois a razão já domina sem ninguém se aperceber
numa sociedade em que todos seremos iguais
sem diferenças
todos com direitos iguais
todos a fazerem o que querem dentro das mesmas regalias
porque eu ter direito a mais ou a menos que os outros?
Se cremos num Deus Pai
não deveriamos ser irmãos
e receber todos a mesma herança?
Se Deus não diz quem são os favoritos, quem somos nós para os escolher?
Mas o Deus deste império actual
é feito de papel rectangular
Papel de diferentes cores
quase como diferentes anjos
em que diferentes cores dão diferentes poderes
Porquê este estilo de vida?
Em que nada evoluímos?
Porquê não algo mais interior
E mais verdadeiro?
Porquê a devoção? e não a fama partilhada?
Porque a fé por algo superior e não a fé em nós próprios?
Porque a estupidez plástica dos modernos tempos? E não a pureza que eu tanto anseio.
Não sei responder.
Mas se todos quiserem
Tal como manipulamos a verdade transformando-a na mentira
Tal como manipulamos o mundo para o caos actual
Também podiamos manipular a resposta pura
destas infindáveis questões
HH - Feio, mas puro
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Teatros Diários
Vida imaginada
Por uma mente abstracta
Onde pessoas riem, comemoram e dançam
Delas não se sabe nada
A não ser a verdade administrada
Nas suas mentes elaboradas
Agem como marionetas
Sem saber em que sentido ou direcção vão
Seguram com força a máscara do teatro grego
que lhes foi oferecida sem pagar um tostão
Nelas vejo simpatia,
Simpatia para com aqueles com quem dialogam
Nelas vejo paixão,
Paixão cedida àqueles que admiram
Nelas vejo sobretudo Hipocrisia,
Que está inserida em tudo o que fazem ou não.
Fazem do Mundo um extenso palco,
Cheio de belos efeitos e muitas iluminações
Todos tendo bastidores dentro de cada um
Uns onde só vivem ratos, outros onde só estão recordações
Uns bastidores escuros
Onde o que sobram são meras lâmpadas sem utilização
Efeitos de cenário estragados
E pó de arroz utilizado em tempos para ficar com uma cara mais bela
No meu bastidor vivo eu
Sedento de entender essa coisa que chamam vida
Esse teatro não assumido
Essa hipocrisia vivida pelos que pensam saber o que fazem
Nessa hipocrisia eu procuro-me
Procuro o meu papel
As minhas falas
As didascálias escritas que influenciam o meu desempenho
Procuro-me em todas as personagens
E com a maior dor interior,
Encontro-me
Lá atrás
Vestido de alguém que não sou
A gritar aos outros o que não quero que oiçam
Perco me nas palavras
E saio derrotado
Como um luta desigual
Onde o resultado seria algo banal
Mal ouvido e mal-interpretado
Sou escorraçado
E deixado numa valeta
Onde todos passam
E para não darem uma "pequena gorjeta"
Viram a cara de propósito
Para eu nao ver aqueles olhos
Que querem ficar com tudo o que pensam ser pouco
E em nada largar o que na realidade é demasiado
O tempo passa e a minha personagem
Percebe que ou morre ou se torna um marginal
A barba concebida através da maquilhagem começa a surgir
As roupas rasgadas por alguém atrás da personagem
Reflectem a ideia de pobreza
E uma escolha tem de ser tomada por este homem
Marginalidade ou Morte por falta de Arte
Em nada este homem seria bom:
Arte de Argumentar - perdia sempre por falar demais ou por não falar
Arte de Pensar - o pior pensador é aquele que pensa saber
Arte de Roubar - se o Mundo fosse um Homem ele era bom, mas roubar à Natureza ar nunca foi crime.
Esta é a triste de história da minha personagem.
Um homem que morre mendigo.
Agora permaneço aqui atrás
Sozinho entre estas lâmpadas velhas
A escrever mais histórias sobre mim.
Inspirado por autores que nunca estarei com eles
Rezando aos deuses que podem não existir
Atendendo aos Homens que podem ser pouco mais que sonhos a uma escala superior.
Mas um dia,
Todas as máscaras se irão partir quando chegarem ao chão
E este Mundo vai ser visto com outros olhos.
Os verdadeiros olhos de cada um!
HH - Tornar os olhos mais verdadeiros é muito mais que comer cenouras.
Por uma mente abstracta
Onde pessoas riem, comemoram e dançam
Delas não se sabe nada
A não ser a verdade administrada
Nas suas mentes elaboradas
Agem como marionetas
Sem saber em que sentido ou direcção vão
Seguram com força a máscara do teatro grego
que lhes foi oferecida sem pagar um tostão
Nelas vejo simpatia,
Simpatia para com aqueles com quem dialogam
Nelas vejo paixão,
Paixão cedida àqueles que admiram
Nelas vejo sobretudo Hipocrisia,
Que está inserida em tudo o que fazem ou não.
Fazem do Mundo um extenso palco,
Cheio de belos efeitos e muitas iluminações
Todos tendo bastidores dentro de cada um
Uns onde só vivem ratos, outros onde só estão recordações
Uns bastidores escuros
Onde o que sobram são meras lâmpadas sem utilização
Efeitos de cenário estragados
E pó de arroz utilizado em tempos para ficar com uma cara mais bela
No meu bastidor vivo eu
Sedento de entender essa coisa que chamam vida
Esse teatro não assumido
Essa hipocrisia vivida pelos que pensam saber o que fazem
Nessa hipocrisia eu procuro-me
Procuro o meu papel
As minhas falas
As didascálias escritas que influenciam o meu desempenho
Procuro-me em todas as personagens
E com a maior dor interior,
Encontro-me
Lá atrás
Vestido de alguém que não sou
A gritar aos outros o que não quero que oiçam
Perco me nas palavras
E saio derrotado
Como um luta desigual
Onde o resultado seria algo banal
Mal ouvido e mal-interpretado
Sou escorraçado
E deixado numa valeta
Onde todos passam
E para não darem uma "pequena gorjeta"
Viram a cara de propósito
Para eu nao ver aqueles olhos
Que querem ficar com tudo o que pensam ser pouco
E em nada largar o que na realidade é demasiado
O tempo passa e a minha personagem
Percebe que ou morre ou se torna um marginal
A barba concebida através da maquilhagem começa a surgir
As roupas rasgadas por alguém atrás da personagem
Reflectem a ideia de pobreza
E uma escolha tem de ser tomada por este homem
Marginalidade ou Morte por falta de Arte
Em nada este homem seria bom:
Arte de Argumentar - perdia sempre por falar demais ou por não falar
Arte de Pensar - o pior pensador é aquele que pensa saber
Arte de Roubar - se o Mundo fosse um Homem ele era bom, mas roubar à Natureza ar nunca foi crime.
Esta é a triste de história da minha personagem.
Um homem que morre mendigo.
Agora permaneço aqui atrás
Sozinho entre estas lâmpadas velhas
A escrever mais histórias sobre mim.
Inspirado por autores que nunca estarei com eles
Rezando aos deuses que podem não existir
Atendendo aos Homens que podem ser pouco mais que sonhos a uma escala superior.
Mas um dia,
Todas as máscaras se irão partir quando chegarem ao chão
E este Mundo vai ser visto com outros olhos.
Os verdadeiros olhos de cada um!
HH - Tornar os olhos mais verdadeiros é muito mais que comer cenouras.
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Raiva num WC apertado
No momento de fúria em que o Mundo todo se opoe contra mim, decido fazer o que qualquer mortal faz bem.
- Cagar!
Tudo o que possas pensar que fazes diferente dos outros, dou-te uma certeza, isto és exactamente igual a mim.
Ligo a luz que ilumina aquele pequeno cubiculo onde são passados tantos momentos de alivio... e o irritante ocorre:
- A LUZ FUNDE!
A LUZ! Essa invenção magnífica que nos tornou tão dependentes. Quantos de vocês aguentaria vaguear por uma rua sozinhos? Meramente alguns corajosos dirão que eram capaz, mas a escuridão total mete medo a qualquer um, até aos maiores heróis...
O facto da luz ter fundido foi irritante, mas isso nao fez retroceder a minha necessidade fisiológica, pelo contrário.
Quando me vou a sentar, preparado para o inicio daquela epopeia; eis que surge algo ainda mais irritante:
- NÃO HAVIA PAPEL!
O PAPEL! Outra invenção fabulosa, que veio dessa China imensa. Algo tão simples e que serve para tanto: para escrever, para limpar as lágrimas, para fazer belos desenhos ou apenas alguns rabiscos, para fazer notas que serão guardadas religiosamente ou então gastas em 5 minutos por uma alma consumista e ainda tem outra utilidade:
- LIMPAR O RABO DE QUALQUER UM! Todos usam um papel semelhante... e ainda falm de diversidade nas pessoas...
Sem Luz, com papel restaurado pois tive oportunidade de restaurar aquelee spaço com um rolo novinho em folha.
Agora sim... ás escuras, mas pronto para o momento em que tudo o que está dentro de nós se solta.
Como alguns leria um livro de B.D., um Manga que já tivesse relido 150 vezes ou o Memorial do Convento do nosso amigo Saramago (o livro até não é mau).
Então o que é que um gajo como eu irá fazer naquele belo momento?
Ora bem...
Pensar
Começo a achar que é das poucas coisas que faço bem (a seguir a cagar obviamente).
E pensei...
Afinal, eu que tenho estas ideias mirabolantes, como é que me hei-de expressar?
Já pensei que fosse algum tipo de Anarquista, que queria Governos no chão e todos a fazer o que quisessem.
Que todos dessem a sua opinião mais sincera e ninguém podia apontar o dedo.
Mas depois penso:
E se fosse algo mais "hippie"?
Eu gosto das pessoas a darem-se bem, da Paz e do Amor que andam tão apagadas nos nossos corações.
Será que dá para juntar estas duas formas de pensar?
Peace and Love + Rage Against the Machine Movement?
Um:
FUCK YOU I WON'T DO WHAT YOU TELL ME, com um beijinho no fim?
ou então um:
YOUR ANGER AGAINST THE SYSTEM IS A GIFT!!, com um abraço calmante?
Estarei eu a contradizer-me?
Não liguem a contradições, num WC tudo sai ao contrário do que esperamos.
Este texto pode ser o mais nauseabundo e mais curto a té mesmo sem nenhuma ideia forte.
Mas acreditem:
Nunca deixem a Luz da casa-de-banho fundir.
Dá uma raiva dos Diabos!!
Amo-te pessoa que lê todos os meus textos, até os mais mal-cheirosos
HH - palavras para quê?
- Cagar!
Tudo o que possas pensar que fazes diferente dos outros, dou-te uma certeza, isto és exactamente igual a mim.
Ligo a luz que ilumina aquele pequeno cubiculo onde são passados tantos momentos de alivio... e o irritante ocorre:
- A LUZ FUNDE!
A LUZ! Essa invenção magnífica que nos tornou tão dependentes. Quantos de vocês aguentaria vaguear por uma rua sozinhos? Meramente alguns corajosos dirão que eram capaz, mas a escuridão total mete medo a qualquer um, até aos maiores heróis...
O facto da luz ter fundido foi irritante, mas isso nao fez retroceder a minha necessidade fisiológica, pelo contrário.
Quando me vou a sentar, preparado para o inicio daquela epopeia; eis que surge algo ainda mais irritante:
- NÃO HAVIA PAPEL!
O PAPEL! Outra invenção fabulosa, que veio dessa China imensa. Algo tão simples e que serve para tanto: para escrever, para limpar as lágrimas, para fazer belos desenhos ou apenas alguns rabiscos, para fazer notas que serão guardadas religiosamente ou então gastas em 5 minutos por uma alma consumista e ainda tem outra utilidade:
- LIMPAR O RABO DE QUALQUER UM! Todos usam um papel semelhante... e ainda falm de diversidade nas pessoas...
Sem Luz, com papel restaurado pois tive oportunidade de restaurar aquelee spaço com um rolo novinho em folha.
Agora sim... ás escuras, mas pronto para o momento em que tudo o que está dentro de nós se solta.
Como alguns leria um livro de B.D., um Manga que já tivesse relido 150 vezes ou o Memorial do Convento do nosso amigo Saramago (o livro até não é mau).
Então o que é que um gajo como eu irá fazer naquele belo momento?
Ora bem...
Pensar
Começo a achar que é das poucas coisas que faço bem (a seguir a cagar obviamente).
E pensei...
Afinal, eu que tenho estas ideias mirabolantes, como é que me hei-de expressar?
Já pensei que fosse algum tipo de Anarquista, que queria Governos no chão e todos a fazer o que quisessem.
Que todos dessem a sua opinião mais sincera e ninguém podia apontar o dedo.
Mas depois penso:
E se fosse algo mais "hippie"?
Eu gosto das pessoas a darem-se bem, da Paz e do Amor que andam tão apagadas nos nossos corações.
Será que dá para juntar estas duas formas de pensar?
Peace and Love + Rage Against the Machine Movement?
Um:
FUCK YOU I WON'T DO WHAT YOU TELL ME, com um beijinho no fim?
ou então um:
YOUR ANGER AGAINST THE SYSTEM IS A GIFT!!, com um abraço calmante?
Estarei eu a contradizer-me?
Não liguem a contradições, num WC tudo sai ao contrário do que esperamos.
Este texto pode ser o mais nauseabundo e mais curto a té mesmo sem nenhuma ideia forte.
Mas acreditem:
Nunca deixem a Luz da casa-de-banho fundir.
Dá uma raiva dos Diabos!!
Amo-te pessoa que lê todos os meus textos, até os mais mal-cheirosos
HH - palavras para quê?
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