Pi-Pi-Pi-Pi-Pi-Pi
*tchik*
-AHAHHHHHAAAAA-(bocejo extenso)
*esfregar os olhos e olhar bem para as horas*
-FONIX, JÁ SÃO 7 E MEIA!
É assim na casa de muitos jovens (incluindo a minha), mas nesta casa - não é nada desta forma.
Truz, Truz...
- Posso filha?
- ...
- Filhaaa, está na hora de acordares.
- Só mais um bocadinhoo...
- Não pode ser... Já és uma mulher feita, não queres que esteja aqui a chatiar-me contigo para te levantares.
- Ok, fogo és mesmo chata.
- Vá despacha-te.
Esta história é sobre uma filha.
Uma filha da Moral e dos Bons Costumes, uma filha que não parte um prato. Um afilha que não sabe o sabor do pecado e vive sem saber como é o Mal.
Ela era muito ignorante, não sabia nada sobre Drogas, Alcool, Tabaco, Sexo... Tudo o que fosse considerado pecado, ela não fazia a minima ideia de como se processava.
Na escola era a melhor aluna. A Educação que teve desde criança fazia com que estudasse muito, passava dias trancada em casa a rever frases ditas por professores.
A responder a perguntas nos livros que tem em respostas nos textos ateriores a essas mesmas perguntas.
Era a tipica boa aluna. Usava aparelho dentário, óculos e já era demasiado alta para a idade.
Era muito bonita, uns olhos verdes como que uma floresta pronta ser descoberta, um cabelo loiro que nos dava vontade de o agarrarmos com força e beijarmos aqueles lábios carnudos (que eram um pouco feios devido ao aparelho que ela usava).
Viveu assim, até ao dia em que conheceu uma rapariga pequena que se metia com qualquer rapaz e era conhecida por "comer os miudos", essa rapariga aparentava ter o mesmo estilo de pessoa fina, embora não fosse rica, mas aparentava viver na luxúria e ter tudo o que queria. Adorava, sempre que podia, mostrar que tinha posses.
Mas era mentira, não tinha.
Tudo isto aconteceu quando todos nós eramos novos.
Hoje, crescemos.
Elas tomaram caminhos diferentes do meu. Até ao momento que voltam a cruzar o meu caminho.
Não acreditava no que via. Aqueles dentes preenchidos por uns brackets esquesitos, estavam agora numa dentição branca e os dentes tão direitos que pareciam ter sido desenhados por um Deus. Já não usava óculos, provavelmente começou a adoptar lentes de contacto e o facto de ser alta quando éramos novos, parecia nunca ter existido. Tinha agora o tamanho normal.
Fiquei fascinado com esta visão, nunca pensei que alguém mudasse tanto.
Parecia que tinha deitado todos os defeitos fora. E investido nas qualidades.
Apenas uma pequena coisa me irritava - auqle miuda que já era conhecida por comer os outros miudos - estava ali, agora já não "comia miudos".
Acho que a palavra pega é bastante discritiva.
Quando percebi que os nossos futuros se tinham cruzado, e nos metiam tão perto um do outro.
Corri para ela.
Bastante envergonhado perguntei:
- Então... por aqui?
E ela olhou me de alto a baixo, com um olhar inocente misturado com vaidade. E num ligeiro click disse:
- És tu! Pensei que tinhas estudado pelos lados da História! Que fazes aqui? És jornalista?
Com um ar bastante vermelho, como continuando a acreditar no que via, respondeu encavacado:
- Náa. Sou um mero Fotógrafo.
- Mero? Que vocabulário para um fotógrafo - disse ela rindo - fica sabendo que os fotógrafos são os mais importantes num jornal. 10% das pessoas leem o jornal duma ponta á outra, 20% lê apenas os textos que acha que vão contribuir para o seu conhecimento do Mundo. Os outros 70% são preguiçosos ou burros e não leem nada. Olham para as fotos. Mas o mais giro é que percebem tanto as noticias como quem as leu.
- Tanta matemática já estou todo trocado...
- Loool. É normal. Estudei muita matemática antes de perceber que gostava mais do nosso abedecedário.
- É giro termos nos encontrado aqui, mas que faz a tua amiga aqui?
Olhando para trás viu a sua amiga falando com um estagiário com um ar sedutor e mostrando a perfeita perna que tinha por baixo da sua pequena mini-saia.
- Ela também veio para Jornalismo comigo e por estranho que pareça andámos sempre juntas.
- Que coincidência...
- Na realidade, eu sei que era ela que tentava andar sempre atrás de mim. Afinal os meus pais morreram e agora tenho bastante dinheiro. Mas eu gosto dela e ela nunca me iria fazer mal. Bem hoje só vim conhecer o local de trabalho, amanha falamos melhor.
E com uma contracção nos olhos tipica dum japonês abandonou a sala. Tendo de esperar um pouco pela sua amiga que queria á força toda combinar um encontro na mesma noite com o rapaz.
Eu estava estranho. Ter assim uma aparição. Estava com a cara de parvo que fazia quando em novo pensava numa aula de filosofia.
Fui para casa e deitei me ao lado da minha mulher.
Tinhamos casado á pouco, mas um problema atormentava a nossa cabeça - a minha mulher por uma causa esquisita que nunca entendi, não podia ter filhos.
Eu até gostava dela, mas naqueles momentos as nossas vidas eram vivdas em conjunto apenas na hora de dormir (só mesmo a dormir).
No dia seguinte encontrei-me de novo com a filha.
Disse-lhe um "Olá" timido e fui beber um café.
Nisto o director aparece e diz:
- Rápido! Tu - apontando para mim - e tu (apontando para a filha) vão rápido para o Centro Comercial, um homem entrou numa loja de brinquedos e fez as crianças que lá estavam refens.
- O quê? - perguntei eu.
- Não há tempos para q's nem meio q's. Vê mas é se consegues umas boas fotos como sabes fazer.
Rapidamente vesti o casaco preto e fui cm a filha a correr para o meu carro.
Lá partimos nós a 240 km/h. Conduzi a uma velocidade que nunca tinha experimentado. Muito bom mesmo. A adrenalina a correr pelas veias todas, o coração a bater mais depressa, a cabeça a latejar pois não consegue captar tanto acontecimento no exterior.
Como era de esperar muito rapidamente chegámos ao local.
A filha nunca tinha pensado que eu conduzi-se a uma velocidade destas e gabou-me a vontade de fazer o meu trabalho dizendo esta frase:
- Fogo, tu tens tomates...
Nunca pensava ouvir isto duma boca tão bonita como a dela. Mas não me importei.
Naquele momento já estavamos no centro eu munido da minha máquina. E ela munida da sua caneta e papel saltámos para a frente de ataque. Falámos com alguns populares e pais de algumas das crianças para perceber o que se passava.
Nisto ouve-se um tiro.
A minha cabeça virou-se de sobressalto para saber o que tinha acontecido e um policia vinha ferido, com um braço todo ensaguentado.
Nisto aparece o criminoso á porta com uma criança numa mão.
E gritava:
- Já sei que não vou escapar daqui vivo, mas não heide ir sozinho.
Com a sua arma apontava á cabeça da criança que chorava freneticamente.
Começou a andar e as pessoas afastavam-se a seu mando, pois não queriam ver a morte daquela criancinha inocente.
Olho para o lado e vejo a minha "jornalista" a escrever á velocidade da luz. E pensei num raciocinio lento:
Se tirar uma foto da posição em que estou, vou ter provavelmente um grande aumento. Ele dirige-se a mim. É a minha opurtinadade. Mas por outro lado se tirar a foto, a luz da máquina assustará o criminoso e sem querer ele pode disparar na criança. Que faço? Não poss ficar aqui quieto.
Nisto a passos largos o criminosos dirigia-se para mim.
Quem sou eu? Um fotógrafo? O que é uma boa foto? A criança pode morrer! Mas se não fizer nada a criança continuará nas mãos do criminoso. ÀAAAA 'tou a dar em doido!
'Tou me a cagar p'á's fotos.
Com um movimento rápido atirou a sua máquina para o chão e saltou na direcção do criminoso.
Neste movimento rápido conseguiu com uma mão puxar a criança e com a outra desviar o cano da arma, que lhe disparou e lhe acertou em cheio no pé.
Quando o criminoso dá por si. Já estava no meio da polícia com a arma caida e a crianaç do outro lado ao pé de mim com o pé coberto de sangue.
Após ver tanto sangue e sabendo que tinha falta de açucar no sangue. Desmaiei.
Via tudo escuro e ouvia vozes lá no fundo. Quando abro os olhos parecia que tinha vindo do profundo sono durante uma semana e vejo a filha sentada ao meu lado.
A primeira coisa que pergunto é:
- Quantos dias tive a dormir?
Ao que ela com os olhos quase em lágrimas responde:
- 6 Horas...
- Só? Pareceram semanas!
Ela ria com as lágrimas a deslizarem por aquela face tão limpa.
No instante a seguir ela diz:
- Tive tanto medo de te perder...
- Eish... Medo? Mas perdia-se alguma cosia assim tão boa?
- Parvo.
E num beijo doce os lábios dela foram ao encontro dos dele. Ele achou aquela sensação tão estranha, afinal ele tinha mulher.
Nisto aparece o médico que com um "aclaramento de voz", aquele tipico ahm ahm interrompeu aquele momento tão intimo.
Ela ficou bastante envergonhada e sentou-se rapidamente no seu lugar.
O médico começou a falar e disse que na realidade o tiro no pé tinha sido apenas de raspão e que o desmaio foi devido ao facto do açucar no sangue dele ser tão baixo e mais alguns factores que ficaram por perceber. Mas segundo o médico uma noite de Amor seria boa para ele recuperar.
Já estava a começar a noite. E a filha fez questão em ser ela a conduzir. Eu ia meio a dormir no carro, quando de repente abro os olhos. E estava num descampado. Olhei para o lado e não vi ninguém. Meio coxo sai do carro.
E vi deitada em cima do capot a observar as estrelas, a filha...
Com um olhar sedutor disse-me deita-te aqui, e procura as estrelas. O futuro está escrito nelas, queres que te leia o teu?
Eu não acreditava naquelas coisas das estrelas mas lá me deitei e olhei. Para mim eram só estrelas. Pontos luminosos do céu. Como é que alguém via ali o futuro?
Nisto viro-me para ela e pergunto:
- Que vês no meu futuro?
Nisto ela olha para o céu e diz:
-Bem aquela estrela diz que vais conhecer alguém que já não vias á muito. A que estão ao lado diz que vais ter um azar grave... Mas a de cima diz que não há problema porque em troca vais ter uma grande recompensa e diz que a direita sabe qual é a recompensa.
- Qual é? Deixaste me curioso.
- Ah. Estas estrelas são umas porcas. Mas pronto se elas dizem eu faço.
- Ham?
- Fecha os olhos e sente.
(Por motivos éticos, e inexperiência do escritor, estes momentos não vão ser descritos... peço a vossa sincera compreensão)
No outro dia cheguei ao trabalho e estava bastante feliz.
Quando vejo a filha vou em direcção a ela para a beijar como tanto me estava a apetecer desde o momento em que nos despedimos á porta de minha casa.
Quando chego ao pé dela para a beijar. Ela desvia a cara.
E sem reparar na minha inteção. Enquanto tirava um café diz:
- Espero que não tenha significado nada para ti. Afinal só fizemos aquilo poruqe o médico dise que precisavas de Amor e a tua mulher tem ar de quem não mete nada "em pé" a um homem.
Nisto algo me assombrou. Senti-me num fundo preto em que palavras a dizer fraco eram escritas perto da minha cabeça. Ouvia na minha mente gritos a dizer és um falhado.
Tive uma vontade de lhe bater, de gritar.
Neste momento olho para o lado e vejo aquela "amiga que comia os meninos" a beijar o pobre do rapaz que ás 2 dias andava a engatar e pensei:
As pessoas são assim. Um reflexo das pessoas com que se dão. Uma filha do Luxo não é boa pessoa por viver no Luxo ou por ter tido uma boa e honesta educação.
Elá foi o fruto das pessoas com que se deu e fez inconscientemente o que amiga faz.
E assim termina o mair conto. Sobre imitadores que se imitam sem saber e que o nome não é importante, porque serão sempre imitadores.
HH - o homem que escreve contos mais trabalhados
PS. Basiei-me numa pessoa para escrever isto. O facto de conhecer o que hoje se chama wannabe's inspirou-me. Se leram isto até ao fim, merecem conhecer me na realidade para vos dar um sincero abraço...
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